domingo, 23 de maio de 2010

Deu no El País (lógico, por acaso o PIG publicaria isso?)

22 de Maio de 2010 - 17h03

Diplomacia atua para situar o Brasil no alto do cenário global

A bola é o símbolo obrigatório da ascensão do Brasil como superpotência. Sua brilhante tradição desportiva obriga a avaliar em termos futebolísticos seus crescentes sucessos econômicos e diplomáticos.

*Por Luís Bassets
Foi o que fez o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na hora de qualificar o acordo obtido por seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente Mahmoud Ahmadinejad, sobre o programa iraniano de enriquecimento de urânio: "O Brasil só colocou a bola na área".

Muitas são as interpretações provocadas por esse compromisso tripartite, que segue os passos da última tentativa pilotada pela ONU para evitar que o programa iraniano desemboque na fabricação da arma nuclear; e pelo qual Teerã se compromete a entregar à Turquia 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido, dos quais devolverá aos iranianos um décimo, por sua vez enriquecido a 20%, para uso médico.

De Washington pode ser considerada uma jogada dos novos países emergentes para fechar a passagem à quarta série de sanções econômicas que os EUA estavam preparando e que apresentaram na terça-feira, poucas horas depois da assinatura dos três em Teerã. De Israel, onde seu governo desconfia das sanções diante de um regime que consideram uma ameaça existencial, cabe considerá-lo uma bofetada em Obama, que enche de razão os que aprovam a destruição por meios militares das instalações nucleares iranianas.

Da Europa só se pode interpretar como o que é, em qualquer dos casos: essa bola que situa o Brasil no meio do palco e em troca desaloja os que tiveram o maior destaque nos últimos anos, tanto através do chamado Grupo 5+1 (os cinco do Conselho de Segurança, dos quais dois são europeus - França e Reino Unido -, mais a Alemanha) como do Alto Representante da União Europeia, Javier Solana, a quem os seis delegaram o grosso da negociação, coisa que não fizeram com sua sucessora, Catherine Ashton.

Os interesses da Turquia e seu primeiro-ministro desembocam diretamente na região à qual Lula viajou em duas ocasiões nos últimos três meses. Estão em jogo as relações de vizinhança e a liderança regional, embora também conte a concorrência com a Rússia. Para o Brasil, por sua vez, tudo se aposta na melhora do estatuto internacional do grande país sul-americano. Lula se colocou em um cenário reservado até quarta-feira às velhas superpotências pela mesma infalível regra de três com que seu país se incorporou ao G-20 na hora de enfrentar a crise financeira, ou entrou na cozinha decisiva da Cúpula de Copenhague sobre mudança climática.

Essa atitude corresponde a uma política internacional de cunho realista, que é conduzida sobretudo pelos interesses do Brasil como potência americana com vocação global. É uma aposta que compete diretamente com os europeus, cuja nutrida presença nas instituições internacionais, além de acentuar sua cacofonia e sua capacidade divisora, não faz mais que salientar a antiguidade de uma arquitetura internacional que se mantém quase intacta desde que terminou a última guerra mundial, há 65 anos.

Lula sempre desenvolveu uma grande atividade internacional. Mas este ano de 2010, o último de sua presidência, registrou um salto qualitativo, marcado por dois deslocamentos ao exterior que indicam como sondas a profundidade da vocação do Brasil. O primeiro o levou em março passado ao Oriente Médio, região geográfica que jamais havia ocupado um presidente brasileiro. O segundo o levou agora a Teerã e lhe proporcionou o raro privilégio de se encontrar com o guia supremo da revolução, o aiatolá Ali Khamenei, algo que só está ao alcance de uma lista muito restrita de mandatários estrangeiros.

Com sua imagem de bonomia proletária e seu enorme prestígio, Lula está atuando como um foguete propulsor do Brasil na nova etapa geopolítica multipolar. Está bem claro que como parte de seu legado político quer deixar o Brasil situado o mais alto possível no cenário internacional, e especialmente bem colocado em suas apostas institucionais. Daí que queira jogar um papel no processo de paz do Oriente Médio e agora em um conflito como o que o Ocidente mantém com o Irã, diretamente ligado à política de não-proliferação. Lula centrou a bola, que agora está dentro da área. Mas são seus sucessores que deverão começar a marcar os gols, como nos melhores tempos da seleção amarela.

* Luís Bassets é jornalista do El País

Fonte: El País
(A tradução foi baixada do Portal Vermelho)

O PIG engole seco...

Mídia
22 de Maio de 2010 - 18h01

Irã: e agora, velha imprensa brasileira, o que fazer?
Obama pediu a Lula, em carta, um acordo com o Irã: e agora, velha imprensa brasileira, o que fazer?

*Por Rodrigo Viana
Reprodução

Rodrigo Viana ironiza: "Obama, um comunista influenciado por Marco Aurélio Garcia, apoiou acordo com Irã"

Acabo de ler no Portal "Terra" - que é mantido por uma empresa estrangeira, mas por incrível que pareça está entre os menos comprometidos com a velha imprensa anti-nacional - que Obama mandou carta sugerindo o acordo com o Irã.

Como ficam as manchetes e os comentários canhestros de nossa velha imprensa anti-nacional?

Nos últimos dias, veículos como "Financial Times" (como se sabe, mantido com dinheiro cubano), "New York Times" (perigoso diário sustentado pelo lulo-petismo) e "Le Monde" (infiltrado pela retórica chavista e pelo esquerdismo de Marco Aurélio Garcia) dedicaram-se a analisar os fatos e a reconhecer: o Brasil saiu maior, muito maior, desse acordo fechado em Teerã.

No caso desses jornais, não se trata de concordar com o Irã, nem de discordar das sanções que podem vir contra aquele país. Mas as três publicações procuram não brigar com os fatos. E os fatos indicam que o Brasil agiu com independência, inteligência, e no melhor interesse da paz. Indicam que o Brasil conquistou a maioridade diplomática.

Isso foi reconhecido pela imprensa internacional.Não por "subserviência a Lula", mas porque é um dado da realidade. Aqui no Brasil, em compensação, comentaristas que babam de raiva e jornais tresloucados de inveja saíram a atacar Lula.

Não reconhecem o óbvio. Preferem o Brasil que tira os sapatos para os EUA.

Jornais brasileiros chegaram a orgamos jornalísticos quando Hillary Clintton atacou Brasil e Turquia.

Agora, revela-se que os EUA incentivaram o Brasil a tentar um acordo. Mais um sinal de que os EUA vivem uma disputa surda de poder: os democratas mais liberais chegaram à Casa Branca, mas os falcões seguem a mandar no Departamento de Estado.

O Terra reproduz a apuração feita pela Reuters:

"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em uma carta ao seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que o acerto de troca de combustível nuclear com o Irã criaria "confiança" no mundo, segundo trechos do documento enviado há 15 dias, antes do acordo de Teerã.

A Reuters teve acesso a trechos da correspondência e comparou alguns de seus pontos com o acordo assinado na última segunda-feira. Nela, Obama retoma os termos do acordo que o Grupo de Viena havia proposto no ano passado, cujos principais elementos constam no acerto entre Brasil, Turquia e Irã. "Do nosso ponto de vista, uma decisão do Irã de enviar 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento para fora do país geraria confiança e diminuiria as tensões regionais por meio da redução do estoque iraniano" de LEU (urânio levemente enriquecido na sigla em inglês), diz Obama, segundo trechos obtidos da carta.

Após o anúncio do acordo, no entanto, os Estados Unidos anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia) concordaram com um esboço de resolução contendo novas sanções à República Islâmica."

Obama, como se sabe, é um muçulmano esquerdista infiltrado na Casa Branca. Incentivou Lula a fazer o acordo.

Mas os homens bons nos EUA (e na imprensa brasileira) conseguiram barrar esse absurdo.

Vamos agora falar sério: a velha imprensa brasileira já estava desmoralizada - pelo seu moralismo seletivo, pelas mentiras, pela cara-de-pau, pela tentativa de se mostrar "isenta" enquanto atua feito partido conservador.

Só faltava revelar, sem máscaras, seu caráter anti-nacional.

Agora, não falta mais nada.

Sobre o assunto, recomendo o maravilhoso editorial assinado por Mino Carta, na CartaCapital que chega às bancas.

*Rodrigo Viana é jornalista, diretor do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e blogueiro

Fonte: Blog O Escrivinhador

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Enquanto isso, no PIG...

1. Desorientação

Vox Populi e Sensus publicaram, nesse fim-de-semana, pesquisas que mostram Dilma, pela primeira vez nesta pré-campanha, à frente de Zé Serra. O PIG, porém, não deu o braço a torcer, mesmo após quebrar a cara com a frustrada contestação do instituto, no TSE. Nas manchetes da mídia demotucanalha, as pesquisas mostram apenas um "empate técnico". Pesquisa não ganha eleição, só chamo a atenção porque, se fosse o Chirico na frente por um décimo, diriam que ele "lidera" as pesquisas de intenção de voto. Haja imundície!

2. Desespero

Para o desespero da mídia tupiniquim, que, assim como os seus pares demotucanalhas, é servil e gosta de lamber as botas dos gringos imperialistas, Lula conseguiu que o Irã firmasse um acordo sobre o seu programa nuclear. Para tentar desdenhar, o PIG está focando suas manchetes na "desconfiança" e no "ceticismo" das velhas "potências". São ou não são os filhotes dos que mantiveram o País no atraso nos últimos 500 anos e, atualmente, tentam engatar a marcha-à-ré?

Deu no Portal Vermelho

17 de Maio de 2010 - 16h21

Georges Bourdoukan: O planeta tem um líder

O nome dele é Lula e a humanidade agradece. Mas todo cuidado é pouco. Israel e Estados Unidos farão de tudo para melar o acordo assinado. Com apoio da mídia.

Por Georges Bourdoukan, em seu blog
Israel e Estados Unidos precisam de inimigos. E quando não os há, eles os inventam. A História é cheia de exemplos. Eles precisam da violência para sobreviver.

O Ocidente, que jamais criticou o arsenal nuclear de Israel e jamais criticou os países que possuem tais arsenais, responde: “Porque o Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas”.

Mas o que o Irã pode fazer que o Ocidente já não fez?

A Inquisição?
Isso o Ocidente civilizado já fez.


Ocupar, saquear e transformar o continente africano em colônia?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Ocupar, saquear e colonizar o continente asiático?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Provocar a Primeira Guerra Mundial?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Provocar a Segunda Guerra Mundial?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Lançar bomba atômica sobre Hiroxima?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Jogar a bomba atômica sobre Nagasaki?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Invadir o Iraque, saquear suas riquezas e destruir mais de 35 mil sítios arqueológicos?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Invadir o Afeganistão e não deixar pedra sobre pedra?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Ocupar e transformar a belíssima Guantânamo cubana num centro de tortura?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Saquear as riquezas das Américas do Sul e Central?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Construir um muro em Israel para segregar os semitas palestinos?
Isso o Ocidente civilizado já fez.

Financiar os principais cartéis de drogas de todo o mundo para dar uma sobrevida a Wall Street?
Isso o Ocidente civilizado já fez. Realmente, o Ocidente tem razão. O Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas...

O que mais se pode dizer sobre LULA?

Opinião do blog

O mundo duvidou e as velhas potências tentaram desencorajar. A Turquia titubeou. Ele, porém, colocou em jogo o seu prestígio, acreditou na própria experiência e, principalmente, na grandeza do seu país. Depois dele, o Brasil e o mundo não serão mais os mesmos.

Mais importante que o acordo nuclear firmado pelo Irã, a grande virtude de Lula foi mostrar que sempre há espaço e sempre há tempo para o diálogo, provou isso trazendo o Irã de volta à mesa de negociações.

A bola agora está com as velhas potências. Elas podem até fingir que aceitaram a derrota diplomática, mas na verdade estão esperneando, por verem frustrados os seus mentirosos pretextos imperialistas. Continuarão com o discurso cético e podem até levar a efeito as suas pretensões bélicas. O mundo, porém, saberá claramente quem diz a verdade e quem diz a mentira, quem é o bem e quem é o mal.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Essa nem o UOL (que integra o PIG) conseguiu esconder!

13/05/2010

Brasil passa EUA na produção de carros

OICA coloca o Brasil na quinta posição no ranking do segmento. EUA é o sexto



O Brasil passou os Estados Unidos na produção de carros de passeio, tornando-se o quinto maior fabricante do mundo, conforme anunciado pela OICA - Organisation Internationale des Constructeurs d'Automobiles. Os Estados Unidos caíram para a sexta posição.


Líder do ranking em 2009, a China fabricou 10,3 milhões de unidades, seguida pelo Japão, com 6,8 mi, a Alemanha (4,9 milhões) e a Coreia (3,1 milhões). O Brasil produziu 2.576.628 carros de passeio no ano passado, enquanto os estadunidenses fabricaram apenas 2.249.061.


Na produção total, incluindo comerciais leves, os Estados Unidos estão na terceira posição, na frente da Alemanha, Coreia e Brasil. O mercado estadunidense consome mais utilitários do que carros de passeio. No ano passado o país produziu 3.463 milhões de comerciais leves, sendo o líder mundial no segmento. O veículo mais vendido nos Estados Unidos é uma picape, a Série F da Ford. E mais três utilitários estão entre os dez primeiros: a Chevrolet Silverado é a terceira colocada, o utilitário esportivo Honda CRV é o oitavo e a picape Dodge Ram a décima.


Trata-se de uma característica típica estadunidense. Todos os outros países produzem – e consomem – mais carros de passeio do que comerciais.


O Brasil produziu apenas 606 mil utilitários no ano passado e tem apenas uma picape na lista dos dez mais vendidos, mesmo assim, trata-se de uma picape – a Strada – derivada de carro de passeio. Se considerarmos o Ecosport como utilitário esportivo, ele é o primeiro da lista deste segmento e fica em 18º lugar no geral. Em 20º está o Tucson.

Não acredita? Confira em http://omundoemmovimento.blog.uol.com.br/arch2010-05-09_2010-05-15.html#2010_05-13_09_05_26-142809534-0

Credibilidade não é para qualquer um!

13 de Maio de 2010 - 18h24

Lula tem apoio da França e Rússia para negociar com o Irã

O presidente brasileiro, Luiz Inacio Lula da Silva, está em Moscou nesta quinta-feira (13) e desembarca em Teerã no domingo com uma missão que gera urticárias, principalmente em Washington: achar uma saída negociada e pacífica para a crise nuclear iraniana, desarmando a pressão por sanções, que os Estados Unidos querem para "o quanto antes". A tarefa não é fácil. Mas Lula já obteve o apoio da França e da Rússia, que antes apoiavam a linha dura americana.

Lula em Moscou, a caminho de Teerã: "Não será ruim"...
O presidente russo, Dmitry Medvedev apoiou na quarta-feira que a proposta do Brasil e da Turquia, de enriquecimento do urânio iraniano no exterior. "Se esse tipo de proposta tiver o apoio de todos os participantes desse processo, não será uma saída ruim para a situação", disse Medvedev, em Ancara (Turquia), onde discutiu o tema, preparando seu encontro com Lula nesta sexta-feira.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, manifestou oficialmente também na quarta-feira "o total apoio da França aos esforços empreendidos pelo Brasil para convencer as sutoridades iranianas de responder plenamente às demandas da comunidade internacional sobre o dossiê nuclear". Ele e Lula conversaram por telefone às vésperas da turnê do presidente brasileiro, que inclui igualmente o Catar.

Frente pró-sanções está abalada

A diplomacia dos Estados Unidos torceu o nariz para a iniciativa brasileira. Os EUA pretendem que o Irã desista de seu programa nuclear. Teerã proclama que ele não possui fins militares, visando a produção de energia (o país é pobre em recursos hídricos) e o emprego na medicina. Os EUA questionam a sinceridade da afirmação, em um bateboca que recorda o famoso caso das supostas armas de destruição em massa iranianas.

Há duas semanas Washington vinha insistindo que o tempo das negociações passara e era preciso votar rapidamente, na ONU, sanções contra a nação iraniana. Mas as manifestações da Rússia e da França, assim como a resistência da China, abalaram a frente pró-sanções.

Diante disso, o governo americano teve que conter o seu ímpeto sancionador. Um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado, que pediu para ficar no anonimato, comentou que "devemos interpretar a visita de Lula como uma última tentativa de diálogo".

Para Amorim, acordo é possível

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, desembarcou em Moscou dizendo-se otimista. Ele afirmou que é possível chegar a um acordo para encerrar o impasse. Disse, porém, que, para isso, é fundamental o estabelecimento de “garantias satisfatórias” tanto para os iranianos quanto para a comunidade internacional.

“É necessário buscar formas satisfatórias para ambos os lados e estabelecer garantias que eliminem as desconfianças”, disse Amorim, que acompanha o presidente brasileiro.

A alternativa de Lula retoma uma proposta, inicialmente apresentada pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea): o Irã enviaria 70% do seu estoque de urânio para ser enriquecido em outro território. Na semana passada, a Embaixada do Irã no Brasil informou ser possível adotar a medida, desde que o território seja definido pelos iranianos.

Para Amorim, é necessário definir o local em que o urânio será enriquecido e as condições estabelecidas tanto pelo Irã quanto pela Aiea. Ele considera também importante definir todas as especificações, como as garantias, para impedir equívocos. “O grande tema é vencer o assunto sobre o local [a ser usado como depositário]”, disse o chanceler. Uma das hipóteses é que esse local seja a Turquia, que tem fronteira com o Irã e tem se empenhado ao lado do Brasil para viabilizar o acordo.

Para o Irã "o mesmo que para o Brasil"

Lula tem repetido, inclusive para a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que "o que eu quero para o Irã é o mesmo que quero para o Brasil. Utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos."

O presidente brasileiro dvoga também a negociação direta entre chefes de Estado, "olho no olho", em busca de um acordo para a crise. Em março, recebeu em Brasília o presidente iraniano,Mahmoud Ahmadinejad, e agora retribui a visita, a despeito das pressões em contrário, inclusive da oposição brasileira.

(Baixado do Portal Vermelho)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O DEMo, como sempre, usa nossa grana para bancar seus interesses imundos

sexta-feira, 7 de maio de 2010

PT processará DEMos por usar estrutura da Câmara para atacar partido e Dilma

O secretário de Comunicação do PT, Deputado André Vargas (PR), anunciou que o PT vai tomar as medidas judiciais cabíveis contra o DEMos (ex-PFL) por usar a estrutura da Câmara Federal para distribuir material da campanha eleitoral do demo-tucano José Serra (PSDB/FHC) no plenário e atacar o PT e Dilma Rousseff.

"Esse tipo de atitude desqualifica a política e mostra que a oposição está jogando sujo, embora queira mostrar uma postura supostamente light de Serra", disse Vargas.

Além da distribuição de material impresso pelo DEMos, com uso da estrutura da Câmara, servidores dos gabinete do Dep. ACM Neto (DEMos/BA) e do Dep. João Pizzolatti (PP/SC), repassaram por e-mail funcional mensagens com ataques à pré-candidata petista Dilma Rousseff.

Um aspecto grave, segundo André Vargas, é que o DEMos mandou a gabinetes material que veio do próprio QG de campanha de Serra, com orientação para a bancada oposicionista na Câmara.

Baixado do blog dos Amigos do Presidente Lula

Mais uma para o PIG

7 de Maio de 2010 - 17h39

ONU premia Lula como campeão mundial na luta contra a fome

Depois de a revista Time publicar que o presidente Lula é um dos homens mais influentes do mundo, agora ele recebe um novo prêmio, desta vez o "Campeão Mundial na Luta contra a Fome", da ONU, que será entregue pela diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Josette Sheeran, que inicia visita ao Brasil a partir deste domingo (9).


Segundo o PMA o prêmio destaca a importância da parceria com o Brasil em momentos como o terremoto no Haiti e representa ainda o reconhecimento dos esforços do governo do pais no cumprimento das Metas do Milênio.

Além do encontro com Lula, Sheeran visitará projetos do programa Fome Zero em cidades próximas a Brasília. E no dia 10, participa do encontro "Diálogo Brasil-Africa sobre Segurança Alimentar", que envolve o governo brasileiro e ministros da agricultura de vários países africanos.

O diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, Unic-Rio, Giancarlo Summa, falou à Rádio ONU sobre a importância do prêmio."É um reconhecimento do papel que o Brasil desempenha na luta contra fome, seja internamente e no cenário internacional. O Brasil está empenhado na África em cooperação técnica com dezenas de países" afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual
Baixado do Vermelho

Do Vermelho (porque o PIG não ia publicar, claro!)

Maria Amélia: viúva de Sérgio, mãe de Chico e "lulista" declarada

A primeira parte do documentário Raízes do Brasil (2004) se propunha a escarafunchar a vida familiar e social de Sérgio Buarque de Hollanda. Quem sobressaiu, porém, não foi ele — mas, sim, sua viúva, Maria Amélia, a Memélia. Não que o cineasta Nélson Pereira dos Santos tenha errado a mão. O “problema” é que quase todos os entrevistados associavam de pronto um dos maiores intelectuais da história do país à sua companheira.


Por André Cintra
Uma das histórias que expressam a lealdade e a presteza de Memélia diz respeito à produção do livro Raízes do Brasil. O prazo para entregar o livro era curto, e Sérgio Buarque estava às voltas com outras demandas profissionais, como o cargo de professor assistente da Universidade do Distrito Federal. Memélia não teve dúvida, nem cerimônia, e datilografou página por página dos originais. “Ele escrevia lá, no tempo que tinha livre, e me trazia. Eu resolvi ser a noiva boazinha. (...) Eu passava à máquina direitinho e devolvia”, conta ela no documentário.

O livro foi publicado em 1936. No final do mesmo ano, a 28 de dezembro, veio o casório. Memélia — que se chamava Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim — virou Maria Amélia Alvim Buarque de Hollanda. Tiveram sete filhos — Heloísa (Miúcha), Sérgio, Álvaro, Francisco (Chico Buarque), Maria do Carmo, Ana Maria e Maria Cristina. “O que me impressiona é como essa prole foi criada. Para Sérgio se dedicar aos livros, Maria Amélia garantia a retaguarda familiar”, chegou a declarar Nélson Pereira.

Sérgio e Memélia viveram juntos por 46 anos — a maior parte deles num chalé situado no número 35 da Rua Buri, no Pacaembu, em São Paulo, onde a família Buarque de Hollanda passou a residir em 1956. Depois do Golpe de 1964, a casa se tornou um flanco de resistência ao regime militar. Já no começo de 1980, enquanto a ditadura esmorecia, Sérgio ajudava a fundar o PT — a legenda liderada pelo ascendente líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. O historiador morreu pouco tempo depois, em 1982, aos 79 anos, sendo velado na própria casa.

Viúva, Memélia decidiu deixar a Rua Buri. Dona de uma memória detalhista e de um acervo com centenas de materiais sobre o marido, viria a escrever Apontamentos para a Cronologia de Sérgio, que serviu de base para o roteiro do documentário Raízes do Brasil. Sob seus cuidados, a obra de Sérgio Buarque foi catalogada por Antonio Candido e levada a Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda da Unicamp.

Depois da morte do marido, foi com Lula que Memélia preservou uma de suas grandes amizades. Nas eleições presidenciais de 1989, ela fez questão de ser a primeira pessoa a fazer doações para a campanha do candidato petista. O cheque que entregou ao comitê de Lula, por meio de Frei Betto, tinha um valor mais do que simbólico: a pensão que recebia como viúva de Sérgio Buarque.

Em janeiro de 2010, Maria Amélia comemorou cem anos. Já fazia algumas décadas que a mulher (e depois viúva) de Sérgio Buarque tinha virado “a mãe de Chico Buarque”. Mas foi por méritos exclusivamente seus — e de mais ninguém — que a festa reuniu toda a família Buarque de Hollanda, incluindo 13 netos e 12 bisnetos, mais o arquiteto e amigo também centenário Oscar Niemeyer, o crítico literário Antonio Candido e o agora presidente Lula.

Meses antes de seu último aniversário, numa entrevista ao jornal O Globo, Memélia rasgou elogios ao amigo-presidente. “Conheço o Lula desde que ele era metalúrgico e sempre fiz muita fé nele. É um homem tão rico no modo de ser. Uma pessoa que sai de Pernambuco em pau-de-arara, menino, veio rolando por esse Brasil, na pobreza, e hoje é presidente com a cotação que ele está. Tem gente que está besta com o que ele está fazendo. Mas eu já o conhecia.”

Quem compartilha dessa opinião, curiosamente, é outra célebre centenária, Dona Canô, 102 anos, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia. Em novembro, o cantor e compositor baiano tachou Lula de “analfabeto”, que “não sabe falar, é cafona falando, grosseiro”. Constrangida, Canô saiu em defesa do presidente e pediu desculpas em nome da família Veloso.

“Não fique chateada, preocupada, porque gosto muito da senhora e gosto do Caetano também. Está tudo bem, essas coisas acontecem”, disse Lula a Dona Canô, por telefone. Memélia também desaprovou a declaração preconceituosa e infame de Caetano. Já Chico Buarque, questionado sobre a reação de Dona Canô, contemporizou. “Nossas mães são muito mais ‘lulistas’ que nós mesmos”, declarou Chico à revista Brazuca.

Memélia, esta figura ímpar, de fibra e coerência, morreu dormindo na noite desta quarta-feira (4), em seu apartamento no bairro carioca do Leme. “Acompanho com imensa tristeza a dor do meu amigo Chico Buarque e família”, disse Oscar Niemeyer. “Maria Amélia era uma pessoa que aliava ternura a firmeza, inteligência e preocupações sociais”, resumiu Lula, numa nota oficial.

Se a matriarca da família Buarque de Hollanda era uma “lulista”, o presidente pode se juntar à imensa lista de pessoas que se orgulham de terem sido “memeliaistas”.